A explicação não se encontra apenas na guerra da Ucrânia.
Quem já abasteceu, passou num posto de gasolina nos últimos meses, ou simplesmente assiste ás noticias, já deve ter percebido: o diesel está cada vez mais caro.
Um cenário que começou em março de 2022, e depois voltou ao normal, com estabilização do preço abaixo da gasolina, a repetir-se continuamente desde antes do verão.
Mas o que está por trás dessa tendência, que afeta a mobilidade de muitos motoristas e profissionais?
Interesse em comprar diesel
“Na verdade, não é algo novo”, disse Spinaci sobre o fenômeno. “Normalmente, nesta altura do ano [a partir de setembro], a procura de gasolina para a mobilidade privada tende a diminuir, enquanto a de gasóleo tende a aumentar, dada a sua utilização não só nos transportes, mas também no aquecimento e, em alguns casos, ainda que limitados, para a produção de energia”.
Normalmente não notamos os aumentos de preços porque “a diferença de custo entre os dois produtos podia atingir os 3-4 cêntimos de euro por litro a favor do gasóleo, e era mais do que compensada pelos 11 cêntimos menos de imposto especial de consumo deste produto”.
Hoje, porém, não estamos numa situação normal. A guerra na Ucrânia, apontou o número um da Unem, tem provocado uma “menor disponibilidade de gasóleo, devido em grande parte à falta de importações russas, das quais a Europa depende para cerca de 30% das suas necessidades”, que ascendem a “ 25 milhões de toneladas por ano”.