Muitos de nós já passaram por uma noite de excessos e, no dia seguinte, dirigiram-se ao volante com ressaca, enfrentando sintomas como mal-estar, dor de cabeça, náuseas entre outros outros. Independentemente de como reagimos, é certo que não estamos na nossa melhor forma. A conhecida frase “se for conduzir, não beba” é autoexplicativa. Mas e se estivermos de ressaca?
Um estudo liderado pelo psicofarmacologista da Universidade de Utrecht, Joris Verster, revela que, mesmo quando não há álcool no sangue, conduzir na manhã seguinte a uma noite de excessos alcoólicos pode resultar em reações semelhantes à condução sob a influência do álcool. O estudo envolveu 48 participantes e testou o seu desempenho de condução após uma noite de excessos, quando os níveis de álcool já estavam a zero. Embora todos os participantes estivessem sóbrios, a condução após uma noite de excessos mostrou padrões semelhantes aos de pessoas com níveis de álcool acima do permitido legalmente. Os participantes relataram pior desempenho, maior tensão ao conduzir e mais esforço para realizar o teste de condução. Embora o estudo não tenha estabelecido uma relação direta entre a ressaca e o padrão de condução, destacou a importância de descansar adequadamente após a ingestão de álcool, já que os participantes com ressaca dormiram, em média, 90 minutos a menos. Em suma, é aconselhável evitar conduzir após uma noite de excessos alcoólicos para garantir a segurança nas estradas.