Poucos lugares no mundo têm uma história tão estranha ou comovente quanto a da Ilha Hashima. A pequena ilha parecida com uma fortaleza, também conhecida como “Gunkanjima” ou “Ilha do Encouraçado”, fica ao largo da costa de Nagasaki, situada a cerca de 15 quilómetros do centro da cidade.
É uma das 505 ilhas desabitadas da província de Nagasaki. A ilha é cercada por um paredão, coberta de prédios apertados e totalmente abandonada: uma cidade fantasma que está completamente desabitada há mais de quarenta anos.
No início de 1900, Gunkanjima foi desenvolvida pela Mitsubishi Corporation, que acreditava que a ilha estava situada num rico depósito de carvão. Em 1941, a ilha, com menos de um quilómetro quadrado de área, produzia 400.000 toneladas de carvão por ano.
Surpreendentemente, em meados da década de 1950, abrigava quase seis mil pessoas, dando-lhe a maior densidade populacional que o mundo já conheceu: 835 pessoas por hectare; 139.100 pessoas/km2.
À medida que o petróleo substituiu o carvão no Japão na década de 1960, as minas de carvão começaram a fechar em todo o país, e as minas de Hashima não foram exceção.
A Mitsubishi fechou oficialmente a mina em janeiro de 1974, e a ilha foi esvaziada de habitantes em 20 de abril. A cidade insular foi abandonada, deixada para ser devorada pela natureza.