A maioria dos veículos em circulação em Portugal ainda utiliza o gás refrigerante R-134a nos sistemas de ar condicionado, uma prática agora proibida devido ao seu impacto no efeito estufa. Este gás é predominante em carros fabricados antes de 2018, formando a maioria do atual parque automóvel português.
O R-134a, substituto do R-12, é reconhecido por não prejudicar a camada de ozono, mas o seu processo de decomposição ainda contribui para o efeito estufa. Automóveis fabricados a partir de 2018 são obrigados a usar o R-1234yf, mais sustentável.
O problema em Portugal é a idade média do parque automóvel, com a maioria dos veículos produzidos antes de 2018. A transição para o R-1234yf implica custos elevados, tornando-se uma opção impraticável para muitos proprietários. A disponibilidade generalizada do R-134a em oficinas independentes agrava ainda mais o desafio, com o R-1234yf requerendo novos equipamentos e manipulação cuidadosa. Apesar da proibição, o uso do R-134a persiste devido a obstáculos económicos e práticos, destacando a complexidade da transição para tecnologias mais ecológicas no setor automóvel.