O roubo de catalisadores de automóveis em Portugal tem aumentado significativamente, com mais de 3206 queixas registradas desde agosto, um aumento de 2367 ocorrências em relação ao ano passado. Isso levou à criação de Equipas Regionais de Investigação à Criminalidade Automóvel (SRICA) para lidar com este fenômeno.
Os catalisadores, que contêm metais raros como ródio, paládio e platina, tornaram-se alvos preferidos de ladrões devido ao aumento dos preços desses metais no mercado. Embora o ródio seja o mais valioso, o paládio e a platina também têm preços significativos.
Há seis meses, o paládio valia cerca de 85 euros por grama (2400 dólares por onça), enquanto a platina estava em torno de 36 euros por grama (970 dólares por onça). Atualmente, esses valores variam de 20 a 40 euros por grama. Um catalisador roubado e desmantelado pode valer mais de 80 euros, considerando que cada catalisador pode conter até dois gramas de platina.
O roubo de catalisadores é frequentemente organizado por redes que visam acumular grandes quantidades dessas peças para vendê-las no mercado negro a operadores que as introduzem no circuito legal de reciclagem.
Os criminosos usam técnicas cada vez mais ousadas, incluindo tentativas de furto em locais movimentados e durante o dia. Geralmente usam serras elétricas circulares ou cortes a quente para extrair catalisadores de veículos em questão de minutos. A maioria dos roubos ocorre na área metropolitana de Lisboa em automóveis com matrículas entre 1998 e 2001.
Para evitar o trabalho dos criminosos, algumas lojas especializadas vendem “gaiolas”, peças metálicas projetadas para proteger os catalisadores e dificultar a extração. Embora não sejam 100% eficazes, podem desencorajar os ladrões, tornando o processo mais demorado.